Sprints
& Saltos
“Sprintar” é a forma pela qual o ser
humano se consegue deslocar a maior velocidade e devido a isso, o sprint
providencia um tremendo estímulo no nosso corpo. Se visualizarmos a morfologia
de um sprinter de qualidade, podemos verificar que este é brutalmente
desenvolvido muscularmente no trem inferior, ombros e costas e ao mesmo tempo,
tem um valor muito baixo de massa gorda corporal. Isto porque o treino de
velocidade é excelente para maximizar o recrutamento das fibras de contração
rápidas e providencia um potente efeito de queima de gorduras (pós-treino).
Existem três grandes áreas de
atenção quando treinamos sprints: aceleração, velocidade máxima e manutenção de
velocidade (speed endurance). O treino de aceleração irá cobrir distâncias até
30m; trabalho de velocidade máxima refere-se a distâncias entre os 30 e 60
metros; finalmente, a manutenção de velocidade pode ser treinada com distância
entre os 60 e 300 metros ou através de esforços repetidos com distância curtas
com períodos de recuperação incompletos.
Os Saltos são a melhor forma de
desenvolver a força explosiva num atleta porque advêm de um menor esforço
neurológico e físico em comparação a um sprint. Os saltos ajudam o atleta a
desenvolver a capacidade máxima de força explosiva para um agachamento, peso
morto ou até mesmo no supino. Note-se que, podemos saltar não apenas com o trem
inferior, mas também com o trem superior. Saltos com o trem inferior normalmente
são conhecidos como saltos para caixas (partindo de várias posições), drop jumps
(a partir de uma caixa) e Up & Down Jumps (saltos m profundidade/altura,
barreiras, saltos reativos, etc).
É importante entender que quando são
treinados saltos, o atleta saiba aterrar de forma adequada. Aterrar de forma
suave e com controlo corporal são características fundamentais que qualquer bom
atleta de força/potência deve demonstrar.
E este pequeno artigo que nos fala de duas características
que o autor Chad Smith (The Juggernaut Method 2.0) incorpora nos treinos de powerlifting
dos seus atletas faz-me pensar nos benefícios que poderia trazer para o meu
desporto: CrossFit. Quantas vezes não pensámos na necessidade de sermos mais
rápidos e potentes em determinados exercícios (não apenas a correr, mas por
exemplo num movimento como a Snatch ou Clean)? E quantas vezes incluímos este
tipo de treino nos nossos treinos? Se calhar muito menos do que aquilo que devíamos.
Algo a pensar…
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