quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Sprints & Saltos

           “Sprintar” é a forma pela qual o ser humano se consegue deslocar a maior velocidade e devido a isso, o sprint providencia um tremendo estímulo no nosso corpo. Se visualizarmos a morfologia de um sprinter de qualidade, podemos verificar que este é brutalmente desenvolvido muscularmente no trem inferior, ombros e costas e ao mesmo tempo, tem um valor muito baixo de massa gorda corporal. Isto porque o treino de velocidade é excelente para maximizar o recrutamento das fibras de contração rápidas e providencia um potente efeito de queima de gorduras (pós-treino).

            Existem três grandes áreas de atenção quando treinamos sprints: aceleração, velocidade máxima e manutenção de velocidade (speed endurance). O treino de aceleração irá cobrir distâncias até 30m; trabalho de velocidade máxima refere-se a distâncias entre os 30 e 60 metros; finalmente, a manutenção de velocidade pode ser treinada com distância entre os 60 e 300 metros ou através de esforços repetidos com distância curtas com períodos de recuperação incompletos.

            Os Saltos são a melhor forma de desenvolver a força explosiva num atleta porque advêm de um menor esforço neurológico e físico em comparação a um sprint. Os saltos ajudam o atleta a desenvolver a capacidade máxima de força explosiva para um agachamento, peso morto ou até mesmo no supino. Note-se que, podemos saltar não apenas com o trem inferior, mas também com o trem superior. Saltos com o trem inferior normalmente são conhecidos como saltos para caixas (partindo de várias posições), drop jumps (a partir de uma caixa) e Up & Down Jumps (saltos m profundidade/altura, barreiras, saltos reativos, etc).

            É importante entender que quando são treinados saltos, o atleta saiba aterrar de forma adequada. Aterrar de forma suave e com controlo corporal são características fundamentais que qualquer bom atleta de força/potência deve demonstrar.

           

E este pequeno artigo que nos fala de duas características que o autor Chad Smith (The Juggernaut Method 2.0) incorpora nos treinos de powerlifting dos seus atletas faz-me pensar nos benefícios que poderia trazer para o meu desporto: CrossFit. Quantas vezes não pensámos na necessidade de sermos mais rápidos e potentes em determinados exercícios (não apenas a correr, mas por exemplo num movimento como a Snatch ou Clean)? E quantas vezes incluímos este tipo de treino nos nossos treinos? Se calhar muito menos do que aquilo que devíamos. Algo a pensar…

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